Esses dias estava na escola e escutei o som desta canção vindo de uma sala de aula. Talvez estivessem ensaiando um teatro, pois o som repetiu-se duas ou mais vezes. Foi muito agradável ouvir algo que me era tão familiar. No meio do pátio, sentada numa cadeira, sentindo o vento deliciosamente gelado no meu rosto, dediquei-me a ouvir atentamente a canção e reviver algumas lembranças. Lembranças de um tempo tão bonito, tão puro, tão irreal.
Conheci esta canção numa das igrejas evangélicas que frequentei. Fazia parte do grupo de teatro e essa foi a primeira peça que participei "oficialmente". Essa experiência teve um significado tão profundo que apenas a sua recordação fez com que me sentisse excepcionalmente bem. Lembrei das amizades que fiz. Algumas estranhas, outras muito especiais. Lembrei de como estava quando cheguei lá, e, como a fé cega me ajudou a continuar. Lembrei o quanto era boba e espiritualizava tudo. Lembrei de todos os amores platônicos que alimentei. Lembrei da pessoa tão "insonssa" que eu era. Lembrei da fé que tinha nas pessoas. Lembrei de como aquele tempo foi bom, embora tenha decidido que aquilo tudo não era para mim. Quis tanto, me esforcei tanto, e quando consegui, percebi que não adianta forçar a natureza. O que somos, somos!! Continuei então a caminhada e descobri uma nova religião. A religião do mim-mesmo. É por este caminho que tenho percorrido, apesar de não saber onde irá me levar.
Karakas...me vi aqui em suas palavras...xaudades, bjo.
ResponderExcluirAna Campana
Vcs não imaginam o que é ler estas palavras para mim.Pois era eu quem estava ouvindo na escola e como eu não consegui um grupo para apresentar e nem ensaiar com os alunos, passamos um vídeo na formatura Proerd.
ResponderExcluirConheci a música num vídeo recentemente, mas achei muito lindo! O tipo da coisa q não envelhece nunca!